Exame neurovascular distal sem alterações.
O raio-x de entrada.
Raio-x em perfil no atendimento inicial na emergência. |
Feita a limpeza mecâno- cirúrgica imediata e teste de estabilidade do cotovelo, sob narcose. Optada a fixação temporária, da articulação úmero-ulnar com fios percutâneos de Kirschner.
Após 15 dias, sem apresentar sinais de infecção, foi reoperado para osteossíntese definitiva.
Raio-x em AP pós-op da 2ª cirurgia. |
Raio-x em perfil pós-op da 2ªcirurgia. |
Nesta 2ª cirurgia, foi feita abordagem à ulna, com redução e fixação da fratura com placa tipo DCP e parafusos corticais. Usado manguito pneumático.
Feita abordagem póstero-lateral, tipo Kocher e cupulectomia radial.Os fios colocados na 1ª cirurgia foram retirados para avaliar a articulação úmero-ulnar, que permanecia instável. Colocados novos fios de Kirschner percutâneos na mesma., que acabaram entortando, logo após a recuperação do ato anestésico, como se pode ver na radiografia em perfil acima. Feito fechamento das partes moles, curativo e colocada tipóia de velcro.
Paciente evoluiu satisfatoriamente, tendo alta hospitalar após mais 5 dias. Estava apresentando neuropraxia distal dos nervos mediano e ulnar observada no exame clínico. Função dos nervos radial e interósseo posterior preservadas. Teve boa cicatrização de partes moles, sem infecção e, após mais 20 dias, foi feita avaliação sob narcose com retirda dos fios de Kirschner e o cotovelo não luxava mais.Estava com dimiuição importante da flexo-extensão. Estava, então com 40 dias de trauma. Deu início a fisioterapia. Após mais 1 mês, voltou ao ambulatório e estava com melhora lenta e gradual dos movimentos e da neuropraxia. Estava satisfeito. Tem cerca de 40 dias que não o vejo.
Esta observação que segue é mais para os milicos em geral, principalmente do quadro de saúde.Este coronel da reserva é bastante simpático. Um pouco ansioso, como são a maioria dos militares. A relação médico-paciente num hospital militar é um pouco diferente que no meio civil, principalmente num caso como este. Um coronel de Armas é um oficial bem mais graduado que um capitão médico. Então, era às vezes um pouco engraçado eu, capitão tendo que chamar a atenção de um coronel. Portanto, caros jovens colegas médicos militares. Vaí um "bizu". Somos militares, sim. Seguimos a hierarquia e a disciplina, sim. Sim, senhor! Não, senhor! Mas, antes de nos tornarmos militares, estudamos Medicina. Aprendam a se impor com respeito, ética, profissionalismo e, óbvio, com disciplina. Assim, como eu não tenho a pretensão da marchar como um infante, este mesmo infante não vai fazer operar uma lesão grave como esta. Não estou querendo fazer nenhuma revolta, pelo amor de Deus! O recente caso dos Bombeiros aqui no Rio foi um pouco desconfortável e até estourou na mídia. Eu sou somente favorável à conscientização. Puxa , este cara tá viajando... Ah, dá um desconto. Deixa eu divagar um pouco neste blog. . Gostei de tratar este coronel. O respeito foi mútuo. Em forma de agradecimento, ganhei um delicioso e tradiciona queijo minas de Juiz de Fora. Bom... Seria interessante se eu encontrasse este paciente e saber como ficou este cotovelo. Acho difícil ele voltars a jogar squash. Quem sabe eu encontro com ele por aí e ele responde minha continência de volta ou aperta minha mão? Vou aproveitar um pedir uns pães de queijo lá de Minas. Espetáculo!
Fiquem à vontade para discutirem condutas, fazerem sugestões e críticas construtivas.
Agradecimentos ao Dr. Vinícius Braz- Médico-Residente do 1º ano ( R1 ) do Serviço de Ortopedia do Hospital do Andaraí, ex-interno da Ortopedia do HCE. Valeu, irmão!
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